-Tema: MINISTÉRIO PASTORAL
-Introdução: Existe um dilema constante quando se discute sobre o salário dos
pastores e obreiros nas igrejas. Cada denominação tem seu critério próprio para
avaliar como remunerar seus ministros.
Desde o Antigo Testamento, os trabalhadores da casa
de Deus, sejam levitas ou sacerdotes, recebiam salário baseado nos dízimos
arrecadados do povo (Números 18.24-31).
É certo pagar salário aos pastores?
Vamos aprender o que a Bíblia
ensina sobre o salário pastoral:
1- Deus é o provedor de seus obreiros
Lucas 10.4-8 "Não leveis bolsa, nem alforje, nem alparcas; e a
ninguém saudeis pelo caminho. E, em qualquer casa onde entrardes, dizei
primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará
sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós. E ficai na mesma
casa, comendo e bebendo do que eles tiverem, pois digno é o obreiro de
seu salário. Não andeis de casa em casa. E, em qualquer cidade em que
entrardes, e vos receberem, comei do que vos for oferecido"
Jesus mandou seus discípulos deixar seus barcos de
pescaria para ir pregar o evangelho (Lucas 5.11) e disse para não se preocuparem em
levar nada. Com certeza não é porque não precisariam de nada e sim porque Deus
lhes proveria tudo. Como Deus provê? Ele usa pessoas para abençoar seus servos.
O próprio Senhor Jesus tinha um grupo de mulheres
que o ajudavam a se manter, “as quais lhe prestavam assistência com os seus bens”
(Lucas 8.1-3).
As pessoas que sustentam o pastor são usadas por Deus para abençoar sua obra.
2 - Quem mantém o pastor são as ovelhas
Gálatas 6.6 “Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça
participante de todas as coisas boas aquele que o instrui”
Neste texto, o apóstolo Paulo ensina que os ouvintes
da pregação da Palavra de Deus devem abençoar com “todas
as coisas boas” a pessoa que anuncia o evangelho. Imagine se o pastor tiver que se
ocupar com trabalho para sustento próprio e não ter tempo de se preparar para
ensinar seu rebanho. Por isso, a Bíblia ensina que o membros da Igreja devem
honrar seu pastor para que se dedique integralmente ao rebanho.
Esta é uma forma de gratidão, visto que o pastor
deixou tudo em sua vida, família, bens e sonhos pessoais para se envolver com a
vida das pessoas. Como prometeu “Jesus: Em
verdade vos digo que ninguém há que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou
mãe, ou pai, ou filhos, ou campos por amor de mim e por amor do evangelho, que
não receba, já no presente, o cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e
campos, com perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna” (Marcos 10.29).
3- Pastores dedicados devem ser valorizados
I Timóteo 5.17,18 “Devem ser considerados merecedores de dobrados
honorários os presbíteros que presidem bem, com especialidade os que se
afadigam na palavra e no ensino. Porque diz a Escritura: Não ligarás a
boca ao boi que debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário”
Paulo também orienta que o povo valorize seu pastor
quando percebe que este se dedica à obra de Deus. Duas qualidades pastorais são
destacadas para isso:
-“que presidem bem”: pastores que são bons
administradores dos bens da Igreja, fazendo com que multipliquem os recursos
arrecadados.
-“os que se
afadigam na palavra e no ensino”: pastores que se dedicam à pregação e ensino da
Bíblia alimentando bem seu rebanho.
Valorize seu pastor!
CONCLUSÃO
Jesus mandou pregar o evangelho de graça (Mateus 10.8). O salário não significa pagamento e sim sustento.
Por isso, o salário pastoral é chamado nas igrejas de ‘subsídio’, para designar
ajuda ou benefício. Aí talvez você diga que muitos pastores ganham bem mais que
um simples auxilio. Verdade. Mas a nobreza de anunciar o evangelho do Reino,
dinheiro nenhum neste mundo pode pagar.