-Tema: IGREJA
-Introdução: Vivemos num mundo marcado por diferenças e divisões de todos os tipos,
mas quando nos voltamos para Deus em Cristo, todas as diferenças são anuladas e
todas as divisões são derrubadas, pois “para
com Deus não há acepção de pessoas” (Romanos 2.11) e “o Senhor não vê como vê o homem” (I Samuel 16.7).
Em sua oração por nós, Jesus pediu enfaticamente que
fossemos unidos, pois sabia que separados estaríamos vulneráveis. Precisamos seguir o exemplo de Barnabé quando
conheceu os irmãos de Antioquia “viu a graça de
Deus e se alegrou” (Atos 11.23). A unidade cristã ensina a
nos alegrar ao ver a graça de Deus em outros irmãos, como disse Paulo que “se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra
vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós o somos” (II Coríntios 10.7).
Sua Igreja está desunida?
Baseado na oração de Jesus amos
ver alguns motivos para que os cristãos sejam unidos:
1- O exemplo de Jesus
João 17.11 “Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que
eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para
que eles sejam um, assim como nós”
Jesus demonstrou o tempo todo a sua união com Deus.
A Trindade revela a unidade Divina. Este deve ser o nosso maior exemplo para
sermos unidos como irmãos. Para isso é preciso aceitar a autoridade dos
superiores e respeitar a cada irmão com suas diferenças.
Cada cristão faz parte de uma igreja. A igreja local
faz parte da Igreja Una de Cristo e esta não é dividida, mas é um corpo que
formado por vários membros que constitui a presença de Cristo no mundo.
A unidade cristã começa primeiramente entre os
irmãos. Por isso, a igreja local deve ser um corpo formado por ministérios
membros uns dos outros e também ligado com outras igrejas locais.
A verdadeira igreja de Cristo é como a sua esposa e
Cristo não tem várias esposas e nem várias igrejas. Se Jesus é o cabeça e a
Igreja é o corpo, então você precisa estar no corpo que é a Igreja para estar
em Cristo. Então não há desculpas para “deixar de congregar” (Hebreus 10.25).
2- O Testemunho para o mundo
João 17.21 “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em
ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste”
Jesus sabia que a comunhão seria um grande
testemunho para ganhar vidas. E o contrário seria um péssimo exemplo que
causaria descrédito à mensagem do evangelho.
Declaramos ser missionários quando atendemos ao
chamado do Mestre “ide por todo o
mundo e pregai o evangelho” (Mc 16.15). Esta obra é tão grande
que uma Igreja sozinha não consegue realizar. Por isso é importante a união
entre cristãos e igrejas. O nosso objetivo é a evangelização e não o proselitismo.
É perceptível que os pagãos e aqueles que se dizem
céticos não compreendem os cristãos por se mostrarem tão divididos entre si e
arredios quanto a pensamentos e grupos diferentes. Na Igreja Primitiva que “todos os que criam estavam unidos... caindo na graça de
todo o povo”
(Atos 2.44 a 47b) e a igreja crescia muito
nessa ocasião.
Precisamos nos vigiar para não agir como Jonas que
recebeu a tarefa da evangelização e não foi, ficou de fora olhando e esperando
a ruína de Nínive, talvez seja por isso que a Igreja tantas vezes passe por
“tempestades” e é engolida por “peixes”.
Nós, cristãos, devemos estender a mão a todos os que
têm o coração reto para conosco como temos o coração reto para com os outros,
unindo nossos interesses comuns em prol das necessidades urgentes da sociedade.
3- Glorificar a Deus
João 17.22 “Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que
sejam um, como nós o somos”
Jesus declarou que transmitiu a Glória de Deus para
que seus seguidores fossem um. Juntos deveriam visualizar somente a glória do
Pai e nunca glorificar aos homens (João 12.43). A união deve ser em prol
de um objetivo comum e o principal é glorificar a Deus.
Muitos crentes idolatram sua denominação e com isso
estão dando glória ao homem. Mas Deus não divide a sua glória com ninguém (Isaías 42.8). A primeira barreira a ser transposta para que
haja união verdadeira no corpo de Cristo é o preconceito, a ignorância e o
desrespeito. Mas quando o povo de Deus se une, a glória é toda do Senhor Deus.
O Pentecostes que fez com que milhares de pessoas de
lugares, culturas, idiomas e pensamentos diferentes viessem a se entender e se
compreender, unindo-se num só propósito: servir a Deus. Por isso só o Espírito
Santo pode traduzir nossas “línguas” e fazer-nos entender em nossas diferenças,
promovendo a unidade na diversidade.
A Igreja como corpo de Cristo não pode se “conformar com este mundo”, mas deve buscar a “renovação da nossa mente” (Romanos 12.2) e da mentalidade do povo
de Deus que ainda tem visto a esposa de Cristo como dividida em si.
É bom seguirmos o exemplo de Daniel que quando o rei
Nabucodonosor mandou chamar todos os sábios, magos e encantadores do reino, que
certamente seriam de diversas religiões, Daniel atendeu o chamado e foi como
representante da sua fé e do seu Deus e nem por isso se dobrou diante de outros
deuses.
Trabalhe pela unidade da Igreja!
CONCLUSÃO
Nós cristãos temos um Deus em comum, temos uma fé em
comum, temos uma missão em comum e um inimigo em comum. Por isso precisamos
notar que o que nos une é muito maior do que aquilo que nos diferencia uns dos
outros. O objetivo da unidade cristã é “que todos sejam um para que o mundo
creia” e se queremos que o mundo creia, precisamos ser um.
O povo de Deus vivencia um evangelho marcado pela
cruz de Cristo, que é vertical e horizontal, então quando assumimos como válido
para nossas vidas o sacrifício feito por Jesus nessa cruz, nos reconciliamos
com Deus (vertical) e com o mundo (horizontal). Por isso o sacrifício de Jesus
foi completo e determinante, pois nos ensina a “amar a Deus sobre todas as
coisas (vertical) e ao próximo como a si mesmo (horizontal)”.
Jesus disse que “bem-aventurados
os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9). Se você é um filho de Deus, então trabalhe para
ajudar sua igreja estar unida e também que se uma com outras comunidades de fé
dentro ou fora de sua denominação.