Tema: MISSÃO
Introdução: Vivemos em um tempo em que os valores
invertidos da sociedade tem pressionado a igreja evangélica de forma que muitos
princípios do protestantismo e principalmente do Evangelho estão sendo
esquecidos.
Parece
que para ser um homem ou mulher de Deus não bastam apenas ser honestos e fiéis,
precisa-se de um currículo com competências exigidas pelas igrejas locais.
Como um verdadeiro pastor deve ser?
Vamos refletir
o que não fazer para entender o que é correto no ministério pastoral:
1- Pastor não é
ADMINISTRADOR DE EMPRESAS: Atos 6.1-4
A
organização de nossas igrejas atualmente está cada vez mais parecida com uma
empresa. Isso por um lado é muito bom porque as igrejas estão mais estruturadas
e seguindo as leis, contudo isso não pode ser prioridade acima das vidas que
precisam do evangelho.
A
questão não é o fato das igrejas estarem legalmente organizadas e sim quem deve
fazer isso. O pastor, por mais que seja o responsável principal pela
documentação da igreja, não deve ser quem se ocupa com isso. Para isso é
preciso uma equipe de pessoas que trabalhem nesta área administrativa de forma
que o pastor não se desgaste com estas questões.
Os
apóstolos elegeram os diáconos para serem estes administradores das ‘mesas’ e
das necessidades da igreja para que os apóstolos se dedicassem exclusivamente “à oração e ao
ministério da Palavra” (v.4).
Se
você é pastor ou pastora ore a Deus que levante pessoas para te ajudar nas
questões administrativas e se consagre a Deus para abençoar suas ovelhas. Se
você é um membro da igreja colabore com seu pastor ou pastora minimizando problemas
que podem ser resolvidos sem desgastar o homem ou mulher de Deus com pequenas
coisas.
Pastor não é
administrador e sim profeta de Deus!
2- Pastor não é um NEGOCIADOR DE CONFLITOS: II Coríntios 5.18,19
Algumas
igrejas estão tão politizadas e divididas em grupos com perfis diferenciados
que os pastores gastam muito tempo administrando conflitos entre os membros.
Alguns pastores até se chamam de ‘apagadores de incêndio’, por causa de tantas
crises presentes nas igrejas.
Com
isso, o pastor fica limitado porque sabe que tem um assunto que ‘fulano’ não
gosta. Se fizer tal coisa pode aborrecer a ‘ciclano’. Para corrigir alguém pode
afetar toda sua família que também congrega na igreja. E lá se vai o pastor
pisando em ovos...
Na
verdade como homens e mulheres de Deus, quem recebe o ministério pastoral
precisa ter liberdade para agir e falar sem receio de afetar quem quer que
seja. A verdade serve para todos indistintamente.
Nossa
missão como cristãos e como pastores é trazer reconciliação e perdão porque
somos pacificadores como filhos de Deus (Mateus 5.8). Muitos problemas precisam de
confrontação para ser resolvidos e quanto mais se evita pior fica. Mas o
objetivo deve ser apaziguar e não provocar confusão.
Pastor deve ministrar
perdão e concerto!
3- Pastor não é ANIMADOR DE AUDITÓRIO: II Timóteo 4.2
No
tempo moderno a mídia tem chamado a atenção do povo evangélico que aproveita os
recursos tecnológicos para divulgar a Palavra de Deus. Isso é muito bom!
Contudo, nem todos os pastores têm um mesmo carisma ou dom.
Com
isso aqueles que têm uma maior desenvoltura e talentos se destacam no
ministério pastoral em detrimento daqueles que não tem o mesmo acesso a estes
recursos ou não sabe utilizá-los. Seria muito bom se todos os pastores usassem
os recursos tecnológicos para comunicar ao povo, mas nem todos conseguem e não
podem ser desmerecidos por isso.
Pastores
que contam piadas na pregação, sabem cantar, têm boa aparência física ou conseguem
emocionar o povo, são os preferidos pelo povo evangélico.
As
principais características de um homem ou mulher de Deus devem ser seu caráter
antes de qualquer carisma. O pregador não pode ter medo de falar a verdade nem
procurar dizer o que o povo gosta de ouvir, mas simplesmente a pura Palavra de
Deus.
Infelizmente,
o uso da mídia tem sido alvo de lucros financeiros acima da prioridade de
anunciar o Evangelho. Muitos líderes evangélicos estão enriquecendo através da
Palavra de Deus, num verdadeiro comércio da fé (II Pedro 2.3).
Pastor não precisa ter
medo de falar a verdade!
4- Pastor não é AMANSADOR DE DEMÔNIOS: Mateus 10.8
Existem
situações na vida espiritual que descobrimos ser de origem diabólica e segundo
a palavra de Deus devem ser duramente resistidos (Tiago 4.7). Para isso o líder deve
estar em constante consagração através da oração e jejum para alcançar
autoridade espiritual (Mateus 17.21).
O
que acontece é que muitas pessoas não querem ser libertas e por isso não gostam
de ouvir a verdade (João 8.32). Quando o pregador está falando não
conseguem escutar (II Timóteo 4.4). Mas o pastor deve pregar com
unção para libertação de vidas.
Existem
situações de pecado que entram na igreja que devem ser resistidas através da
oração repreendendo espíritos malignos que oprimem a igreja impedindo seu
crescimento espiritual e numérico. Como autoridade espiritual sobre a igreja, o
pastor deve orar intensamente repreendendo toda influência maligna.
Jesus
mandou que os demônios fossem expulsos pelo poder do nome de Jesus e não apenas
amansados para ficar quietos e não incomodar. A principal artimanha de Satanás
é se camuflar para não ser percebido (II Coríntios 11.14).
O pastor deve buscar
autoridade espiritual!
5- Pastor não é TOLERADOR DE PECADOS: Apocalipse 2.20
Uma
coisa muito comum quando o pastor inicia o ministério em uma igreja são os
membros querendo que tudo fique como sempre foi evitando inovações. Como homem
ou mulher de Deus, o pastor ou pastora tem autonomia para mudar e lançar
desafios para a Igreja.
Com
o tempo, o pastor ou pastora descobre coisas erradas na igreja e precisa
confrontar o pecado. Hábitos viciosos de cristãos que esfriaram na fé impedem o
avanço missionário da igreja e o pastor não pode estar preso a estas coisas.
O
Senhor Jesus corrigiu o pastor da Igreja em Tiatira que estaria tolerando os
pecados de uma falsa profetiza chamada Jezabel. Portanto, se o pastor não
corrige a ovelha ele será corrigido por Jesus.
Leia mais sobre o assunto no estudo: OESPÍRITO DE JEZABEL.
A
vida do pastor deve ser consagrada de forma exemplar para suas ovelhas e também
precisa ensinar sobre consagração. O tema santificação e o pecado estão
precisando ser pregados como nunca antes.
O pastor precisa denunciar
o pecado!
Seja um pastor verdadeiro!
CONCLUSÃO: I Pedro 5.2,3
Tudo
o que foi falado até aqui apenas introduz tantos problemas no ministério
pastoral. Mas se existem falsos pastores não podemos esquecer que também
existem os verdadeiros.
Estes
princípios aqui citados servem para o pastor guardar para si mesmo e não para
julgar os outros. Não podemos usar estes valores para ferir pessoas. O pastor
deve fazer tudo com amor: delegar funções, resolver conflitos conciliando
pessoas, pregar com seriedade e brandura, repreender todo obra maligna e
denunciar o pecado. Com amor o pastor consegue alcançar o coração de suas
ovelhas.
Seja um pastor amoroso!
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Citações Bíblicas: Bíblia Revista e Atualizada, Sociedade Bíblica do Brasil.