Tema: NATAL
Introdução: Quando chega este período natalino, parece que algo incomoda os corações das pessoas. Alguns ficam agitados sem entender, procurando ajudar pessoas e presentear. Outros sentem uma estranheza no peito e repensam sua vida. Talvez este sentimento seja fruto de uma obra do Espírito Santo para quebrantar os corações.
Quando Jesus nasceu, foi colocado numa manjedoura, abrigado em um estábulo (curral), porque as hospedarias estavam cheias. Da mesma forma hoje existem mesas cheias e fartas, sem muitas vezes convidar Jesus para entrar (Apocalipse 3.20). Jesus quer nascer na manjedoura de cada coração.
Tem um lugar para Jesus?
Vamos refletir sobre os preparativos de um pai e uma mãe que esperam uma criança e comparar com a situação vivida por Maria e José ao receber Jesus:
1- O Berço x o cocho
José
era carpinteiro (Mateus
13.55) e por isso podemos imaginar que provavelmente teria preparado
um berço para o bebê tão esperado. Contudo, foi convocado para voltar às terras
de sua família em Belém para estar presente no recenseamento (Lucas 2.1-4).
Por isso, José não poderia levar um berço consigo. Então preparou como pôde um
lugar para a primeira noite da criança.
O
cocho é um lugar para alimentar animais com capim ou ração. Este foi o primeiro
lugar que Jesus encontrou na terra. Um local que já estava usado, sujo e com
mal cheiro. Da mesma forma nossos corações muitas vezes está assim, sujo por
causa do pecado (Marcos
7.21-23). Mesmo assim é neste lugar que Jesus quer ficar para nos
fazer nascer de novo (João 3.7).
Embora
pensamos que Jesus merece um ‘berço de ouro’ por ser o Rei do reis, muitas
vezes só temos um cocho para lhe oferecer. Mas o importante aqui não é o lugar
e sim a Pessoa de Cristo. Um berço de ouro não é nada sem Jesus, mas até um
cocho se torna um trono para o grade Rei.
Faça de seu coração um
berço para Jesus!
2- O Enxoval x as faixas
Maria,
como qualquer mulher, certamente preparou seu enxoval, por mais simples que
fosse, mas podemos entender que alguma coisa ela pode ter preparado ou ganhado
de presente para seu filho esperado. Entretanto, por causa da viagem, não deve
ter podido levar muita coisa ou talvez não imaginasse que o bebê não esperaria
o retorno a Nazaré onde moravam (Lucas 2.4).
O
fato é que Maria envolveu o menino em faixas (Lucas 2.7), o que foi notado pelos
anjos (Lucas
2.12) e confirmado pelos pastores (Lucas 2.16). Estas faixas (ἐσπαργάνωσεν = esparganōsen), podem ser traduzidas por ‘tiras de pano’1,
ou pedaços de pano. Era um costume oriental enfaixar recém-nascidos. Contudo,
estes panos ou faixas, são considerados como trapos ou restos de tecido
aproveitados, revelando a situação de improviso em que estavam.
Como
um filho que esperamos, também pensamos que Jesus merece o melhor, mas muitas
vezes só deixamos restos ou trapos para Ele. Somente depois de pisados e
rasgados é que nós voltamos ao Senhor (Oseias 6.1). Estes trapos muitas vezes são “as nossas
justiças, como trapo da imundícia” (Isaías 64.6), pois quando pensamos
que somos justos, isso não tem valor algum para Deus. Contudo, mesmo assim,
sabendo que não somos nada, Jesus quer ser envolvido por nós e ser acolhido em
nossos corações.
Deixe Jesus envolver o seu
coração!
O seu coração é uma manjedoura para Jesus!
CONCLUSÃO
A
beleza daquela manjedoura não era o luxo de um berço bem feito ou de um enxoval
bem preparado e cheiroso, mas sim a luz de uma linda estrela que brilhava (Mateus 2.2)
e de anjos que cantavam (Lucas 2.13,14). Assim também quando Jesus nasce
em nossos corações, a luz de Deus brilha em nossas vidas (João 8.12) e os anjos nos céus
festejam pelo arrependimento de um pecador (Lucas 15.10).
Mesmo
que nossos corações sejam como um cocho e restos de pano, ainda assim Jesus
prefere ficar em nossas vidas. Você pode passar o natal sem qualquer coisa, mas
só não pode ficar sem Jesus em momento algum de sua vida.
Deixe Jesus nascer em seu coração!
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Citações Bíblicas: Bíblia Revista e Atualizada, Sociedade Bíblica do Brasil.
1 STRONG,
James. Dicionário Grego do Novo Testamento. Bíblia de Estudo Palavras-Chave: Hebraico. Grego.
Tradução de João Ferreira de Almeida. Edição Revista e Corrigida. Rio de
Janeiro: CPAD, 2011. Páginas 2398 e 2399, verbete 4683.