Tema: ESTUDO BÍBLICO
Êxodo 20.13 “Não
Matarás”.
Introdução: A Palavra de Deus é
muito clara quando diz que não temos autoridade para encerrar a vida de
qualquer pessoa. O único que pode dar a vida e tirar é Deus (Jó 1.21). A vida humana é um
dom de Deus, que nos criou à sua “imagem e semelhança” (Gênesis 1.26,27). Esta questão
envolve a ética quanto à vida que pertence a Deus (Ezequiel 18.1-4).
Historicamente, podemos perceber que este assunto
não é novo, mas permeia as discussões éticas e teológicas por séculos. No
primeiro século da era cristã o aborto era algo comum à cultura romana, mas os
cristãos primitivos não aceitavam esta prática, julgando-a como pecado.1 Vários pais da
Igreja como Atenágoras e Tertuliano falaram claramente sobre o assunto
doutrinando a Igreja Cristã.2 O fato de não praticar o aborto e
o infanticídio foi um dos motivos do crescimento do cristianismo.3
Neste estudo estamos nos referindo à aprovação do
aborto como algo lícito e comum. Os argumentos mais fortes a favor do
aborto, são no caso extremo de um estupro ou quando a vida da mãe está em
risco. Quanto a isso, a justiça determina o que fazer, avaliando cada situação.
Descriminalizar o aborto abre precedentes para injustiças desvalorizando a vida
e os filhos não devem pagar pelos erros dos pais (Ezequiel 18.1-20).
Qual o posicionamento bíblico sobre o aborto?
Vamos compreender as passagens bíblicas que
orientam a respeito desta questão:
1- O ser humano é fruto de um projeto de Deus
Jeremias 1.5 “Antes que eu te
formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da mãe te santifiquei; às
nações te dei por profeta”.
A vida é um milagre de Deus. Quando a pessoa é
gerada no ventre de sua mãe, Deus tem um propósito para sua existência. Mesmo
que tudo pareça contrário aos olhos humanos, Deus está acima de tudo e sabe
todas as coisas. Mesmo uma gravidez indesejada pode se tornar uma bênção
através do amor de Deus (Romanos 8.28). O propósito de Deus é maior que as
desventuras humanas (Isaías
55.9,10).
Você faz parte de um projeto Divino!
2- O feto já é um ser vivo
Salmos 139.13-14 “Pois tu
formaste os meus rins; entreteceste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei,
porque de um modo tão admirável e maravilhoso fui formado; maravilhosas são as
tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.”
O texto bíblico deixa bem claro que o que está
dentro do ventre de uma mulher grávida é uma vida preciosa para Deus. Quando
Maria mãe de Jesus visitou sua prima Isabel, ambas grávidas, o bebê saltou
dentro da barriga (Lucas
1.44). Deus nos conhece antes mesmo de sermos gerados (Isaías 49.1). A tecnologia atual
dos exames de ultrassonografia mostram com clareza a vida do feto sendo gerado.
Deus te conhece antes mesmo de nascer!
3- Não devemos destruir nosso corpo
1Coríntios 3.16 e 17 “Não sabeis que
sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém
destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus que
sois vós é sagrado.”
Um sério perigo para quem pratica o aborto é a questão
do risco de vida que se expõe. Por outro lado, o feto dentro da mulher se torna
parte do seu corpo durante a gestação e não podemos destruir nosso corpo que
foi criado por Deus, muito menos uma nova vida que está sendo gerada de forma
inocente (João
10.10). Não podemos intentar contra uma pessoa que é criado à imagem e
semelhança de Deus (Gênesis
9.6).
Deus ama a criança que está sendo
gerada!
4- A Prática do aborto tem origem pagã
Salmo 106.35-38 “Antes, se mesclaram
com as nações e lhes aprenderam as obras; deram culto a seus ídolos, os quais
se lhes converteram em laço; pois imolaram seus filhos e suas filhas aos
demônios e derramaram sangue inocente, o sangue de seus filhos e filhas, que
sacrificaram aos ídolos de Canaã; e a terra foi contaminada com sangue”.
A Bíblia relata que os povos pagãos prestavam culto
aos seus ídolos oferecendo seus filhos recém nascidos em sacrifício a estes
deuses. Isso foi considerado abominável para Deus. A gravidez para o povo de
Deus era considerada uma bênção do Senhor (Êxodo 23.26).
Deuteronômio 18.10 “Não permitam
que se ache alguém entre vocês que queime em sacrifício o
seu filho ou a sua filha; que pratique adivinhação, ou se dedique à
magia, ou faça presságios, ou pratique feitiçaria”.
A crueldade de ferir até a morte uma criança
inocente é o pior tipo de assassinato. Um ato cometido sem nenhum temor de
Deus.
Busque o temor de Deus antes de tudo!
5- Provocar o aborto é pecado
Êxodo 21.22,23 “Se
homens brigarem, e ferirem mulher grávida, e forem causa de que aborte, porém
sem maior dano, aquele que feriu será obrigado a indenizar segundo o que lhe
exigir o marido da mulher; e pagará como os juízes lhe determinarem. Mas, se
houver dano grave, então, darás vida por vida”.
Se devemos amar o nosso próximo, quanto mais uma
vida que está dentro de si (Marcos 12.31-33). Quando o povo de Deus se tornou uma
nação para o Senhor, Deus lhes deixou leis específicas para que não cometessem
os erros dos povos que não conheciam a Deus. Dentre as leis estava a respeito
de não ferir o seu próximo. Quando alguém ferisse uma mulher grávida e ela
abortasse por isso, a pessoa era condenada à morte. Isso mostra que Deus não
aceita o aborto e não quer que seja provocado (João 10.10).
Quem ama o seu próximo não aceita o
aborto!
Diga NÃO ao aborto!
CONCLUSÃO
Marcos 8.37 “Que daria um
homem em troca de sua alma?”.
Você teve a chance de viver. Sua vida vale muito
para Deus (Mateus
6.26). Do mesmo modo a criança que está sendo gerada é especial para Deus e
merece esta oportunidade de existir. Não compete a nós julgar quem merece viver
ou não, pois somente Deus é o Dono da vida.
Se você já fez um aborto, já apoiou alguém que fez
ou ajudou a fazer, peça perdão ao Senhor e se arrependa deste pecado (Provérbios 28.13). Deus por sua
misericórdia nos perdoa todos os pecados (1João 1.7-9). Mas as
consequências devemos assumir (Romanos 6.23).
Não faça nem apoie o
aborto!
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Citações Bíblicas: Bíblia
Revista e Atualizada, Sociedade Bíblica do Brasil.
Fontes Bibliográficas:
2 BERCOT, David
W. Que falem os primeiros cristãos. São Paulo: Literatura
Monte Sião do Brasil, 2013. Páginas 31,32.